terça-feira, 12 de novembro de 2013

I Curso de Teoria Crítica da Dependência - UFMS

Na próxima semana, na UFMS, dos dias 11 a 14 de novembro, o professor Dr. Nilson Araujo de Sousa estará ministrando um curso sobre - Teoria da Dependência- para alunos e outros interessados no assunto. A iniciativa é gratuita. Abaixo a programação.


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Curso de Extensão "América Latina: Diálogos sobre dependência e independência" na UNILA

De outubro a dezembro na Universidade Federal da Integração Latino-americana (UNILA), em Foz do Iguaçu, acontecerá um curso de Extensão Universitária, de 60 horas, que abordará temas referentes á Teoria Marxista da Dependência (TMD).
Sob a orientação da Profa. Me. Marina Machado Gouvêa (UNILA) e intitulado "América Latina: Diálogos sobre dependência e independência", o curso tem por objetivo difundir a discussão sobre a dependência latino-americana, debatendo as principais categorias de análise da TMD e familiarizando o público com o potencial crítico dessa vertente própria de interpretação da realidade regional.

As inscrições estarão abertas até o dia 13 de outubro. Abaixo você encontra o formulário para realizar a sua.

Em breve divulgaremos aqui no Blog do GETD o cronograma.
Mas vale destacar, que os encontros se realizarão em sua maior parte aos fins de semana e que teremos uma semana de atividades com a presença do Prof. Dr. Jaime Osorio (UNAM-UAM).



terça-feira, 20 de agosto de 2013

Cientista político Theotonio dos Santos conversa sobre desenvolvimento e civilização

Confira a entrevista concedida por Theotonio dos Santos ao programa Milênio da Globo News sobre Desenvolvimento e Civilização.


Theotonio possui graduação em Sociologia e Política e em Administração Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais (1961), mestrado em Ciência Política pela Universidade de Brasília (1964), doutorado em Economia Por Notório Saber pela Universidade Federal de Minas Gerais (1985) e doutorado em Economia Por Notório Saber pela Universidade Federal Fluminense (1995). Atualmente é coordenador da cátedra UNESCO/UNU sobre Economia Global e Desenvolvimento Sustentável (REGGEN) e professor emérito da Universidade Federal Fluminense. Tem experiência nas áreas de Economia e Relações Internacionais, com ênfase em Economia Política Internacional, atuando principalmente nos seguintes temas: América Latina, Economia Mundial, Neoliberalismo, Globalização e Desenvolvimento Sócio-Econômico.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Vania Bambirra: intelectual e militante

A autora do livro "O capitalismo dependente na América Latina", editado pelo Iela, fala sobre sua vida, de como encontrou o marxismo e também da sua obra. Vânia faz parte do grupo que criou a Teoria da Dependência que busca explicar a realidade latino-americana.



quarta-feira, 7 de agosto de 2013

ENECO - CELEC 2013 - UFSC

Entre os dias 04 e 10/08/2013 realiza-se em Florianópolis - SC o Encontro Nacional de Estudantes de Economia (ENECO) e o Congresso de Estudantes Latino-americanos de Economia (CELEC). Com objetivo da promoção a reflexão crítica dos estudantes de economia de todo país, buscam atuar como uma plataforma de discussão nas Ciências Econômicas, a fim de compreender e encontrar propostas de solução aos principais problemas que afetam a região, mas sempre a partir de uma perspectiva latino-americana

Dentre as atividades dos eventos encontram-se palestras e mesas de discussões de autores que trabalham a questão do subdesenvolvimento vinculada a temática da "integração", fazendo-se presente o consultor do GETD Nilson Araújo de Souza com a mesa - O papel da América Latina na Divisão Internacional do Trabalho, confiram;

Vânia Bambirra

Mesa: Integração Latino-Americana: Uma Saída ao Subdesenvolvimento?, 05/08 das 19:00 às 21:00


Ao lado de intelectuais como Ruy Mauro Marini, André Gunder Frank e Theotonio dos Santos, Vânia Bambirra pertence ao grupo formulador da Teoria Marxista da Dependência, uma crítica aos processos de reprodução do subdesenvolvimento na periferia do capitalismo, desenvolvida especialmente durante os anos 1960.

Graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mestre pela Universidade de Brasília (UnB) e doutora em Economia pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), Vânia viveu em exílio no Chile após o Golpe Militar Brasileiro, tendo partido para o México quando o governo de Salvador Allende foi deposto em um golpe de estado. Voltou ao Brasil somente nos anos 1980.

Apesar de sua grande contribuição às Ciências Sociais latino-americanas, é mais conhecida na América de língua espanhola do que no Brasil, em grande medida devido ao exílio provocado pela ditadura, e posteriormente pela investida do pensamento neoliberal dominante durante os anos 1990.

João Pedro Stédile (MST)

Mesa: Império da Soja: A situação da Agricultura Latino-Americana, 09/08 das 10:00 às 12:00

Economista e ativista social brasileiro, João Pedro Stédile é membro da direção nacional e fundador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o maior movimento social do Brasil. Participa, desde 1979, das atividades da luta pela reforma agrária no MST e na Via Campesina Brasil.

Graduado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), e pós-graduado pela Universidade Nacional Autônoma do México, Stédile é um dos maiores defensores da Reforma Agrária no Brasil.

Nildo Ouriques (UFSC)

Mesa: Política Externa Brasileira e a América Latina, 09/08 das 19:00 às 21:00

Professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Nildo Ouriques presidiu até 2009 o Instituto de Estudos Latino-americanos (IELA), o primeiro Instituto em uma Universidade brasileira inteiramente dedicado a discutir a América Latina desde uma perspectiva crítica. Doutor em Economia pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), Ouriques é também professor do Programa de Doutorado em Teoria do Desenvolvimento da Benemérita Universidade Autônoma de Puebla (BUAP). Tem experiência na área de Economia, com ênfase em Economia Política, atuando principalmente nos seguintes temas: análise do capitalismo contemporâneo e a América Latina, intepretação do capitalismo latino-americano, análise critica do desenvolvimentismo e, nos últimos anos, na relação entre nacionalismo e marxismo na América Latina. É presidente do Conselho Editorial de "Pátria Grande. Biblioteca do Pensamento Crítico Latino-Americano", coleção lançada pelo Instituto de Estudos Latino-Americanos da UFSC/Editora Insular.

Nilson Araujo de Souza (UNILA)

Mesa: O papel da América Latina na Divisão Internacional do Trabalho, 06/08 das 19:00 às 21:00

Graduado em Economia pela Universidade Federal do Pará e Mestre em Economia Rural pela Universidade Federal do Rio do Rio Grande do Sul, Nilson Araujo de Souza realizou também, doutorado em Economia na Universidad Nacional Autónoma de México ,sob orientação de Ruy Mauro Marini, além de pós-doutorado em Economia pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (1985). Atualmente, é professor visitante sênior CAPES da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Tem experiência em Economia Internacional Contemporânea, Economia Latino-Americana e Economia Brasileira Contemporânea. Seus mais recentes livros são: Economia Brasileira Contemporânea - de Getúlio a Lula (Atlas, 2007) e Economia Internacional Contemporânea - da depressão de 1929 ao colapso financeiro de 2008 (Atlas, 2009).

Matéria completa e maiores informações pelo; http://www.eneco.com.br/ 

terça-feira, 16 de julho de 2013

Conferência Nacional “2003-2013: Uma nova política externa”

15 a 18 de julho de 2013 / Campus São Bernardo do Campo – UFABC

Com objetivo de reflexão sobre a política de relações exteriores do Brasil, em um mundo pautado por aguda crise econômica, por importantes mudanças geopolíticas e pelo enfraquecimento dos organismos multilaterais, ao mesmo tempo que pelo estabelecimento de novas parcerias políticas, econômicas e culturais por parte do governo brasileiro.

O Grupo de Reflexão sobre Relações Internacionais (GRRI), que reúne pessoas que estudam a política externa e atuam no campo das relações internacionais, a partir de movimentos e organizações sociais, partidos políticos, organizações não-governamentais, instituições acadêmicas, de pesquisa e de governo, promoverá entre os dias 15 e 18 de julho a Conferência Nacional “2003-2013: Uma nova política externa”. O evento, que terá lugar no campus da Universidade Federal do ABC, será constituído por palestras, debates e oficinas com dirigentes governamentais, lideranças políticas, acadêmicos, representantes de organizações sociais e estudantes


Acompanhe ao vivo pelo link; http://www.conferenciapoliticaexterna.org.br/

segunda-feira, 8 de julho de 2013

DIALÉCTICA DE LA DEPENDENCIA - Ruy Mauro Marini

En sus análisis de la dependencia latinoamericana, los investigadores marxistas han incurrido, por lo general, en dos tipos de desviaciones: la sustitución del hecho concreto por el concepto abstracto, o la adulteración del concepto en nombre de una realidad rebelde a aceptarlo en su formulación pura. En el primer caso, el resultado han sido los estudios marxistas llamados ortodoxos, en los cuales la dinámica de los procesos estudiados se vierte en una formalización que es incapaz de reconstruirla a nivel de la exposición, y en los que la relación entre lo concreto y lo abstracto se rompe, para dar lugar a escripciones empíricas que corren paralelamente al discurso teórico, sin fundirse con él; esto se ha dado, sobre todo, en el campo de la historia económica. El segundo tipo de desviación ha sido más frecuente en el campo de la sociología, en el que, ante la dificultad de adecuar a una realidad categorías que no han sido diseñadas específicamente para ella, los estudiosos de formación marxista recurren simultáneamente a otros enfoques metodológicos y teóricos; la consecuencia necesaria de este procedimiento es el eclecticismo, la falta de rigor conceptual y metodológico, y un pretendido enriquecimiento del marxismo, que es más bien su negación.

SALÁRIO, PREÇO E LUCRO - Karl Marx

Cidadãos!
Antes de entrar no assunto, permiti que faça algumas observações preliminares.

Reina atualmente no Continente uma verdadeira epidemia de greves e um clamor geral por aumentos de salários. O problema há de ser levantado no nosso Congresso. Vós, como dirigentes da Associação Internacional, deveis manter um critério firme perante este problema fundamental. De minha parte julguei-me, por isso, no dever de entrar a fundo na matéria, embora com risco de submeter vossa paciência a uma dura prova.

Outra observação prévia tenho a fazer com respeito ao cidadão Weston. Atento ao que julga ser do interesse da classe operária, ele não somente expôs perante vós, como também defendeu publicamente, opiniões que ele sabe serem profundamente impopulares no seio da classe operária. Esta demonstração de coragem moral deve calar fundo em todos nós. Confio em que apesar do estilo desataviado de minha conferência, o cidadão Weston me verá afinal de acôrdo com a acertada idéia que, no meu entender, serve de base às suas teses, as quais, contudo, na sua forma atual, não posso deixar de considerar teoricamente falsas e perigosas na prática.

Com isso, passo diretamente ao mérito da questão.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

A quem interessa o discurso do subimperialismo brasileiro?

Encontramos dia após dia especulações midiáticas a respeito do discurso de subimperialismo brasileiro. Publicações, como as realizadas pela BBC.co.uk e pela Carta Capital provocam uma onda de questionamentos sobre o papel positivo desenvolvido até o momento na construção da integração latino-americana.

Perguntamos se não interessa ao capital financeiro e aos governos dos países centrais, sobretudo dos EUA, torpedear, o tempo todo, as ações e os projetos que visam realizar uma integração pela via da cooperação, a exemplo das; Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América, a União das Nações Sul-Americanas e a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos. 

As politicas brasileiras em relação aos demais países da América Latina, Caribe e África têm sido de profunda cooperação e de articulação para uma contribuição efetiva ao desenvolvimento das forças produtivas daqueles países para que possam fortalecer o Estado através de politicas que os façam sair da situação de dependência.

Através de LA ACUMULACIÓN CAPITALISTA MUNDIAL Y EL SUBIMPERIALISMO de Ruy Mauro Marini, podemos perceber que existe uma grande diferença entre a integração pelo mercado e a integração por uma política de estado. As empresas instaladas no Brasil que vêm se expandindo pela América Latina e África são formadas por grandes monopólios estrangeiros que estão sediados em seu território e sua dinâmica invasiva contraria quase sempre as políticas de cooperação dos estados.

Para considerar-se um país como subimperialista, não basta que sua economia busque no exterior solução para seus problemas de mercado, ou que sirva de correia de transmissão entre o capital financeiro dos países centrais a outras economias periféricas. 

De acordo com o consultor, Prof. Dr. Nilson Araujo de Souza, é imprescindível que o país haja constituído um capital financeiro próprio que, além de dependente do capital financeiro central, goze de um relativo grau de autonomia para explorar as economias de outros países. É preciso também que sua exportação de capitais tenha passado a preponderar sobre a exportação de mercadorias. E, para completar, é preciso que seu Estado tenha sido capturado de tal forma pelo capital financeiro que passe a defender seus interesses fora do país - sendo necessário, para cumprir esse papel, a constituição de um “estado militarista de tipo prussiano”

Como bem assinala Marini: O subimperialismo corresponde à expressão perversa da diferenciação sofrida pela economia mundial, como resultado da internacionalização da acumulação capitalista, que contrapôs ao esquema simples da divisão do trabalho – cristalizado na relação centro-periferia (...) a relação existente entre meios de produção e força de trabalho, da lugar a subcentros econômicos (e políticos), dotados de relativa autonomia, embora permaneçam subordinados a dinâmica global imposta pelos grandes centros. 

A pergunta que deve ser realizada é; A QUEM INTERESSA O DISCURSO DE SUBIMPERIALISMO BRASILEIRO? 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Retorno das atividades do GETD

No último sábado, 02/02/2013 o agora, grupo de Pesquisa em Estudos da Teoria da Dependência - GETD, reuniu-se para alinhamento e planejamento do ano de 2013. O encontro realizado contou com a participação da coordenadora Profª Luisa Maria Nunes de Moura e Silva, via Skype, desde a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul - UFMS, além dos acadêmicos dos cursos de Relações Internacionais e Integração, Economia, Integração e Desenvolvimento e Letras, Artes e Mediação Cultural. Após apresentação dos trabalhos realizados até o presente momento foi discutida metodologia para os próximos encontros. 

No último ano o GETD logrou reconhecimento  pela Sociedade de Economia Politica - SEP, a qual criou um grupo de Trabalho sobre a dependência, além de, o grupo agora encontrar-se credenciado no CNPQ e registrado pela Universidade Federal da Integração Latino Americana - Unila. 

Este grupo de pesquisa investiga os fundamentos teórico-metodológicos da Teoria da Dependência e sua capacidade explicativa das situações de subdesenvolvimento e de (des) integração nos países periféricos, sobretudo na América Latina. 

O recorte de estudo deste grupo de pesquisa se dá a partir dos elementos teórico-metodológicos. Objetiva-se construir uma matriz para análise comparativa das sociedades latino-americanas. O conceito de padrão de reprodução de capital e as categorias de análise em que se desdobra, a da super-exploração da força de trabalho como forma de manter o duplo nível de acumulação de capital, e outras categorias de análise da situação de dominação característica das formações capitalistas dependentes serão objeto de estudo, a partir de que serão transformados em ferramentas efetivas (variáveis e indicadores) de trabalho analítico.

As linhas de pesquisa são;

Estado, classes sociais e relações interestatais 

Esta linha estudará a forma como o Estado se estrutura nos países dependentes; análise das categorias da estrutura das classes sociais e suas relações entre si com as classes nos países centrais e com o Estado; as relações interestatais, destacando-se as relações dos Estados dependentes com os Estados dos países centrais e com os demais Estados dependentes, com o objetivo de construir indicadores de análise comparada de situações concretas.

Subordinação Cultural, científica e de informação

Esta linha estudará as categorias relacionadas à subordinação ideológica e cultural, científica e tecnológica e da informação, na perspectiva da hegemonia da cultura desenvolvida nos países centrais. Esta subordinação é possível pela instalação, nos países periféricos, dos monopólios da informação e do lazer e entretenimento e da concentração do poder de manipular os fluxos da informação que permitem ou não a consciência da própria subordinação.

Padrão de reprodução do capital e superexploração da força do trabalho 

Esta linha estudará o conceito de Padrão de reprodução e a categoria Superexploração da força de trabalho, fundamentais na Teoria da Dependência. O primeiro significa a forma como o capital se reproduz em determinado espaço e em determinado tempo; a segunda, o pagamento da força de trabalho abaixo do seu valor. Estuda ao mesmo tempo a relação entre eles além de construir indicadores para sua operacionalização em análises comparativas de situações concretas.


Por: Alexandre Andreatta