quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Participação do GETD da Unila no Seminário Internacional ¨A TEORIA MARXISTA DA DEPENDÊNCIA E O CAPITALISMO LATINO-AMERICANO NO SÉCULO XXI¨ para lançamento do livro PADRÃO DE REPRODUÇÃO DO CAPITAL, promovido pela Revista Margem Esquerda e pela Boitempo Editorial



Entre os dias 15 e 22 de agosto aconteceu, no Rio de Janeiro - Brasil, o lançamento do livro Padrão de Reprodução do Capital (www.boitempo.com/revista_margem_esq.php) organizado por Carla Ferreira, Jaime Osório e Mathias Seibel Luce. O lançamento, em várias Universidades do Brasil USP-Prolam (São Paulo), UFRJ (Rio de Janeiro), UFF(Niterói), UFRGS(Porto Alegre), foi precedido por conferências e debates sobre os conceitos de dependência e padrão de reprodução, além das categorias super-exploração da força de trabalho e subimperialismo, construídos na Teoria da Dependência para permitir o entendimento dos processos de subordinação do desenvolvimento capitalista das periferias, em especial da América Latina, aos países centrais.

Convidado para discutir a utilização da categoria super-exploração da força de trabalho em sua tese de doutoramento, o consultor do GETD Prof. Nilson Araújo de Souza, que foi orientando do Prof. Ruy Mauro Marini, participou dos debates na UFRJ que no dia 21 de agosto contaram com a participação de Jaime Osorio, também outrora orientado de Marini. Abaixo encontramos os links para visualizar as intervenções de todos os participantes:

O padrão de reprodução do capital - Parte I Jaime Osorio
O padrão de reprodução do capital e os níveis de abstração - Parte II Marcelo Carcanholo
O padrão de reprodução do capital e o subimperialismo brasileiro - Parte III Mathias Luce
A categoria superexploração da força de trabalho - Parte I Marcelo Carcanholo
A categoria superexploração da força de trabalho - Parte II Jaime Osorio
A categoria superexploração da força de trabalho - Parte III Niemeyer Almeida Filho
A categoria superexploração da força de trabalho - Parte IV Nilson Araújo
A categoria superexploração da força de trabalho - Parte V Mathias Luce

Entretanto, sob a Presidência do Prof. Niemeyer Almeida Filho, da Universidade Federal de Uberlândia, a SEP - Sociedade de Economia Politica, criou um GT para discutir a Teoria da Dependência que, em sua 2ª reunião na UFF no mês de agosto, incorporou e recomendou o GETD e este blog como referências nos debates ora estabelecidos no Brasil.

O GT da SEP incorpora professores e alunos de várias universidades dentre a quais se destacam: Universidade Federal de Uberlândia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal da Integração Latino Americana e Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

O GT também decidiu se reunir periodicamente três vezes por ano, duas vezes no primeiro e segundo semestre para discussão da produção de seus participantes e uma terceira vez durante a reunião anual da SEP para apresentação de trabalhos. A primeira reunião de 2013 acontecerá em Uberlândia nos dias 03 e 04 de abril.

Clique aqui para acessar os link´s referentes à publicação na imprensa sobre o evento

terça-feira, 4 de setembro de 2012

PATRÓN DE REPRODUCCIÓN DEL CAPITAL, "ONDA LARGA" Y CICLO ECONÓMICO - Prof. Dr. Nilson Araújo de Souza



El concepto de patrón de reproducción del capital es de gran importancia para captar un proceso de expansión del capital y la crisis que éste supone, así como el carácter de esa crisis. Para definir qué es lo que entendemos por ese concepto, debemos partir del proceso de reproducción del capital. Este es la unidad contradictoria entre el proceso de producción y el de circulación. Pero no solamente eso. Es, además - y sobre todo -, la reproducción, de un lado, de los elementos materiales del capital y, del otro, del valor del capital en escala ampliada. Además, significa tanto la reproducción de las relaciones capitalistas de producción cuanto su continua expansión. Al hablar de reproducción del capital se está, pues, hablando de la preservación del modo capitalista de producción. Dicho concepto es más amplio que el de acumulación, puesto que éste no engloba la reproducción del capital existente (aunque lo suponga) sino solamente su ampliación, ni engloba tampoco la circulación (aunque también la suponga).


Continue lendo através do link:
https://docs.google.com/document/d/12Ry4yi73NIGhwWTsjQMqTgP1EGnTo6641lbfAXhL7Y4/edit

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

PARTICIPAÇÃO DO GETD NA III CEPIAL - CONGRESSO DE CULTURA E EDUCAÇÃO PARA A INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA LATINA

No dia 19 de julho de 2012, durante o evento III CEPIAL - CONGRESSO DE CULTURA E EDUCAÇÃO PARA A INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA LATINA em Curitiba (http://cepial.org.br/), foi realizada a mesa-redonda “Economia política da integração regional latino-americana”, na qual o acadêmico Alexandre Andreatta, aluno do curso de Relações Internacionais e Integração da UNILA - Universidade da Integração Latino-Americana e participante do Grupo de Estudos da Teoria da Dependência da UNILA, apresentou o trabalho, aceito pela comissão científica do Congresso, MATRIZ TEÓRICO-METODOLÓGICA PARA ESTUDAR A SITUAÇÃO DE DEPENDÊNCIA DA AMÉRICA LATINA. sob orientação de Profª Drª Luisa Maria Nunes de Moura e Silva.

O coordenador da mesa Alexsandro Eugenio Pereiro, da Universidade Federal do Paraná, junto com os participantes Rafael Freire da Central Sindical das Américas (CSA – Brasil); Marcelo de Almeida Medeiros da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE - Brasil); Luiz Daniel Jatobá França da Universidade de Brasília (UNB - Brasil) e Paulo Roberto de Almeida do Ministério das Relações Exteriores do Governo Brasileiro (MRE – Brasil), examinaram os problemas políticos e econômicos dos diferentes processos de integração latino-americana em perspectiva comparada. A mesa refletiu sobre:

I) - a natureza intergovernamental da maioria dos processos de integração regional na América Latina; 
II) - o papel das instituições supranacionais e intergovernamentais nas experiências de integração regional e 
III) - as assimetrias econômicas existentes entre os países latino-americanos e seus reflexos sobre o andamento dos processos e das propostas de integração regional

Em seguida, avaliou os trabalhos inscritos, entre os quais o de Andreatta, A. e Silva, L M N M. Em sua exposição, Andreatta expressou a tendência do Grupo de estudos em Teoria da Dependência - GETD da UNILA a trabalhar com o conceito de Padrão de Reprodução do Capital como conceito básico da Teoria da Dependência, desdobrando-o em 6 categorias de análise:

1. dupla acumulação de capital (inserção internacional da economia);
2. super-exploração da força de trabalho (pagamento da FT abaixo do seu valor;
3. inovação tecnológica localizada (capacidade de inovação limitada);
4. subimperialismo; 
5. Estado dependente e ausência de democracia
6. colonização cultural, científica e de informação 

O trabalho foi elogiado por sua fundamentação teórica e pela iniciativa na criação de um grupo de estudos em teoria da dependência na UNILA com finalidade de analisar a trajetória de desenvolvimento e integração dos países latino-americanos através das teorias da dependência.

O trabalho completo foi publicado no seguinte endereço; http://cepial.org.br/inc/anais/eixo1/352_ALEXANDREANDREATTA.pdf 

O trabalho do GETD vem se diversificando com os esforços para a criação de uma rede de especialistas em teoria da dependência e interessados em avançar na discussão de conceitos e categorias de análise que possam ser utilizados no estudo comparativo das realidades latino-americanas. 

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

HISTÓRIA DE UM NÃO-DEBATE: A TRAJETÓRIA DA TEORIA MARXISTA DA DEPENDÊNCIA NO BRASIL - Fernando Correa Prado

O debate sobre a dependência na América Latina foi imenso. Nos anos 1960 e 1970, um conjunto de intelectuais e militantes, de variada origem e filiação política, tratou do tema da dependência, geralmente utilizando este conceito como característica central de suas análises sobre as regiões periféricas, em particular a região latino-americana. Se no início da década de 1950 a questão do desenvolvimento foi colocada no centro do debate mundial, com impactos significativos para a esfera política e intelectual da América Latina, a partir de meados de 1960 o mote da dependência já começa a ganhar espaço, tornando--se um conceito em disputa, carregado de diferentes matrizes teóricas e políticas (...) Pois bem, o amplo debate sobre a dependência existiu e foi riquíssimo, repercutiu em diversos intelectuais no mundo todo, gerou uma base teórica e histórica firme para construir uma interpretação crítica do papel da América Latina dentro do sistema mundial capitalista e, claro, contribuiu para pensar caminhos políticos adequados de superação das contradições características da condição periférica e dependente. Isso ocorreu na maioria dos países da América Latina e também em outras partes do mundo, pelo menos até o fim da década de 1970. No Brasil, porém, essa história foi diferente. Aqui, na verdade, houve um não--debate, e em seu lugar existiu uma leitura unilateral em relação às contribuições vinculadas ao marxismo e à luta revolucionária latino-americana. Tais contribuições, além de terem sido alvo da censura e da perseguição política, sofreram um sistemático trabalho de deturpação intelectual, no qual o ex-presidente e sociólogo Fernando Henrique Cardoso teve um papel central, contando também com a conivência de diversos intelectuais de peso e com uma tenaz inércia intelectual, que apenas recentemente tem sido rompida. No Brasil, foi se construindo uma espécie de “pensamento único” sobre o tema da dependência centrado em  grande medida na perspectiva defendida por Cardoso, de tal modo que se firmou um relativo desconhecimento – e até mesmo deformação – das contribuições inscritas na tradição marxista, dentro da qual estariam as obras de Andre Gunder Frank, Theotônio dos Santos, Vânia Bambirra e, principalmente, Ruy Mauro Marini. Revelar em linhas gerais como isso foi produzido e reproduzido em diversas e influentes publicações é a principal intenção deste artigo.


Continue lendo através do link: http://www.cebela.org.br/site/baCMS/files/14431ART2%20Fernando%20Correa%20Prado.pdf

Seminário Internacional Margem Esquerda e Boitempo Editorial - Com o Núcleo de História Econômica da Dependência Latino-Americana - UFRGS


terça-feira, 10 de julho de 2012

Subdesenvolvimento e revolução

O Instituto de Estudos Latino-Americanos (Iela), da Universidade Federal de Santa Catarina, lança no mercado editorial a coleção Pátria Grande, Biblioteca do Pensamento Crítico Latino-Americano, que deverá reunir 40 volumes, todos editados pela Editora Insular, de Florianópolis. A intenção é divulgar autores e obras clássicas das ciências sociais na América Latina que deram vida ao que entrou para a história como “pensamento crítico latino-americano”. As obras escolhidas para compor esta Biblioteca são inéditas ou foram divulgadas apenas marginalmente no Brasil. Com esse trabalho, o Iela inaugura mais um a frente de ação. Não apenas no debate sistemático das temáticas latino-americanas, como faz anualmante com as Jornadas Bolivarianas, mas o estudo permanente de pensadores praticamente desconhecidos nas universidades brasileiras. A coleção, ao ser concretizada em livro, eterniza, em português, obras de fundamental importância para se compreender a América Latina.
O primeiro volume da coleção já está nas livrarias: o livro Subdesenvolvimento e revolução, do mineiro Ruy Mauro Marini (1932-1997), publicado originalmente no México em 1969 e que ganhou sucessivas edições em muitos países sem, contudo, jamais ter sido publicada em nosso país. A apresentação da obra, escrita por Nildo Ouriques, está disponível no site da editora Insular.
De acordo com informações da editora, os próximos volumes da coleção são Capitalismo dependente latino-americano, de Vania Bambirra, e A mais-valia ideológica, de Ludovico Silva.


Ficha técnica
Título: Subdesenvolvimento e revolução
Autor: Ruy Mauro Marini
Tradutor: Fernando Correa Prado e Marina Machado Gouvêa
Editora: Insular
Ano da publicação: 2012
Páginas: 272
Preço: R$ 40,00

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Existe Subimperialismo na América Latina?

   No dia 05/06 foi realizada na Universidade Federal da Integração Latino America - Unila centro a mesa de debate “Subimperialismo na América Latina” dentro das atividades do primeiro Encontro de Iniciação Científica e de Extensão - Conhecer e Transformar. 

   Com a presença da comunidade acadêmica a mesa foi mediada pela coordenadora do Grupo de Estudos em Teoria da Dependência Profª Drª Luisa de M. e M. Silva tendo a participação dos integrantes do grupo, os acadêmicos Alexandre Andreatta, Alexandre de Oliveira Martins, Bruno Eliézer, Juan Espinoza e dos professores consultores do grupo: Prof. Dr. Nilson Araújo de Souza e Prof. Dr. Fábio Borges. O objetivo da mesa foi iniciar e instigar a comunidade acadêmica a debater sobre existência ou não do Subimperialismo na América Latina, levantada nas discussões do grupo de estudos através dos textos publicados neste blog.




Por: Alexandre Andreatta

sábado, 2 de junho de 2012

40 ANOS DA TEORIA DA DEPENDÊNCIA - Paulo Daniel

Em um artigo clássico, A estrutura da Dependência, publicado em 1970 na revista American Economic Review. Theotonio dos Santos conceitua a dependência como sendo uma situação na qual a economia de certos países é condicionada pelo desenvolvimento e pela expansão de outra economia à qual está subordinada. A relação de interdependência entre duas ou mais economias, e entre estas o comércio internacional, assume a forma de dependência quando alguns países (os dominantes) podem se expandir e serem autosustentáveis, enquanto outros (os dependentes) só podem fazê-lo como um reflexo daquela expansão, o que pode ter um efeito positivo ou negativo sobre seu desenvolvimento imediato. autossustentáveis

Continue lendo através do link: http://www.cartacapital.com.br/economia/40-anos-da-teoria-da-dependencia/ 


Por: Alexandre Andreatta

A ATUALIDADE DA TEORIA DA DEPENDÊNCIA - Entrevista Theotônio dos Santos

Nunca fomos externos ao capitalismo e cumprimos um papel importante na evolução do sistema de comércio atual". A frase é de Teothônio dos Santos, autor da Teoria da Dependência, formulada em meados da década de 60, que vê a expansão da economia capitalista mundial como geradora, simultaneamente, de desenvolvimento e subdesenvolvimento e que rompeu com a visão dominante no pós-guerra, segundo a qual as economias das antigas colônias, subdesenvolvidas, se encontrariam em estágio feudal ou pré-capitalista, necessitando passar por uma revolução industrial para chegarem à "modernidade"

TEORÍA DE LA DEPENDENCIA: 30 AÑOS DESPUES



Vídeo: Teoría de la Dependencia: 30 años despues (1996)
Franz Hinkelammert
Theotonio dos Santos
Héctor Silva Michelena

quarta-feira, 9 de maio de 2012

EL CAPITALISMO DEPENDIENTE LATINOAMERICANO - Vania Bambirra

Resultado de los estudios realizados por el equipo de investigación del Centro de Estudios Socio-Económicos (CESO) de la Universidad de Chile sobre las relaciones de dependencia en América Latina, esta obra de vania Bambirra contribuye al paso de las cuestiones teóricas generales al estudio de las manifestaciones históricas específicas, tomando como núcleo central la acumulación y reproducción dependientes.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A TEORIA DO SUBIMPERIALISMO EM RUY MAURO MARINI: contradições do capitalismo dependente e a questão do padrão de reprodução do capital. A história de uma categoria. MATHIAS SEIBEL LUCE

Esta tese pretende discutir a existência dos fundamentos para uma teoria sobre o subimperialismo, na obra de Ruy Mauro Marini. Expoente da Teoria Marxista da Dependência e autor de importantes trabalhos do pensamento crítico latino-americano como Dialética de la Dependencia e Subdesarrollo y Revolución. Marini estabeleceu o conceito de subimperialismo para explicar o fenômeno emergido nos anos 1960-1970, no contexto da nova divisão internacional do trabalho e da emergência de subcentros econômicos e políticos da acumulação mundial como o Brasil. Tais subcentros passavam a ocupar uma posição intermediária entre centro e periferia, apresentando, porém, peculiaridades que os diferiam da categoria da semiperiferia - embora façam parte de seu universo. Apresentando os resultados da pesquisa em que fizemos uma leitura manente dos escritos de Marini, a tese sustenta que o subimperialismo tem sua origem nas leias próprias da economia dependente, cujos fundamentos são a superexploração do trabalho e a transferência de valor; e é um fenômeno que pode ser apreendido através da combinação de quatro variáveis; grau de monopolização e de operação do capital financeiro na economia dependente, a mobilização de um esquema particular de realização do capital (Estado, mercado externo e consumo suntuário), hegemonia e um subsistema regional de poder, lógica da cooperação antagônica com o imperialismo dominante; sobre essa base, se analisa a expansão subimperialista como modo de contra-restar as contradições do capitalismo dependente restaurando a unidade entre produção e realização do valor.