quarta-feira, 30 de novembro de 2011

LA ACUMULACIÓN CAPITALISTA MUNDIAL Y EL SUBIMPERIALISMO - Ruy Mauro Marini

La segunda guerra mundial correspondió a la culminación de un largo periodo de crisis de la economía capitalista internacional provocada  por el dislocamiento de fuerzas entre las potencias imperialistas y el surgimiento de nuevas tendencias en lo que se refiere a la acumulación de capital, crisis que se manifestó primero a través de la intensificación de la lucha por mercados, que condujo a la primera guerra, y se continuó en la gran depresión de los años treinta. Su resultado más inmediato fue la afirmación de la hegemonía incontrastable de Estados Unidos en el mundo capitalista

Continue lendo através do link: http://www.marini-escritos.unam.mx/pdf/acumulacion.pdf

9 comentários:

  1. O fato da BBC de Londres pulicar uma matéria que insinua que o Brasil pode se tornar um país imperialista na região provoca uma onda de questionamentos sobre seu papel positivo desenvolvido até o momento na construção da integração latino-americana: como bem anuncia o texto de Ruy Mauro Marini, existe uma grande diferença entre a integração pelo mercado e a integração por uma política de estado. As empresas instaladas no Brasil que vêm se expandindo pela América Latina são formadas por grandes monopólios estrangeiros que estão sediados em seu território e sua dinâmica invasiva contraria quase sempre as políticas de cooperação dos estados.
    Como bem comenta Ollanta Humala, presidente do Peru, eles se aproveitam da debilidade das forças produtivas dos países ainda não desenvolvidos para se tornarem patrões implacáveis e competitivos com o próprio estado local, afetando sua soberania.
    As politicas brasileiras em relação aos demais países da América Latina e Caribe têm sido de profunda cooperação e de articulação para uma contribuição efetiva ao desenvolvimento das forças produtivas daqueles países para que possam fortalecer o Estado através de politicas que os façam sair da situação de dependência.

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  2. Muito interessante o comentário de Andreatta. O intrigante é que a BBC tenha entrevistado o ex-presidente FHC para defender a tese de que não há porque temer o Brasil porque ele é um país amigo quando foi seu governo que privatizou, "doando-as" para empresas estrangeiras, estatais de energia, telefonia e aço e distribuição de petróleo, que rapidamente se internacionalizaram em direção à Argentina, Chile, Bolívia e Paraguai. FHC, como um dos autores da Teoria da Dependência (ou apologia da dependência?) que enfatiza a ação do mercado, afirmou em seu livro que a relação de dependência estabelecida pelo mercado na sua fase monopólica é inexorável, mas que não há que temê-la, pois atrai inversões estrangeiras. Se levarmos em conta que os países hoje dependentes foram secularmente explorados desde o período colonial e, depois de sua independência, que as trocas desiguais com o "estrangeiro" deterioraram suas economias, segundo a CEPAL, o que esperar de um mercado dependente, invadido por empresas monopólicas estrangeiras que se internacionalizam em direção aos países latino-americanos? Do meu ponto de vista, só mais exploração. E, se não houver uma forte regulação deste movimento, com uma ação soberana por parte do Estado, como bem demonstra Luiz Toledo Machado em artigo postado neste blog, fatalmente estes monopólios estrangeiros nos levarão sim a ser exploradores dos países latino-americanos nossos irmãos, com quem não queremos essa relação. É o presidente Humala quem define a relação que os países menos desenvolvidos da América Latina desejam com o Brasil: No queremos patrones, queremos socios. Essa foi a política do governo Lula e é agora a do governo Dilma, e não foi a do governo FHC
    www.bbc.co.uk/mundo/noticias/2011/11/111108_america_latina_brasil_imperial_aa.shtml

    Profª Dra. Luisa Maria de Moura e Silva

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  3. Tenho minhas desconfinças sobre o que geralmente a mídia nos dá a ler. Pois propõem agora que o Brasil pratica um subimperialismo, ora me parece uma estratégia de rachar para dividir antes mesmo iniciar qualquer união, ou pelo menos o inicio de integração. Que interesse esta em 'martelar' um subimperialismo? E antes disso, é preciso saber o que define o subimperiaslimo. Seus critérios...

    Bruno Eliezer Melo Martins

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    1. Bruno, encontrei em uma das obras de Marini, America Latina Dependência e Integração uma definição interessante para subimperialismo;

      O subimperialismo corresponde à expressão perversa da diferenciação sofrida pela economia mundial, como resultado da internacionalização da acumulação capitalista, que contrapôs ao esquema simples da divisão do trabalho – cristalizado na relação centro-periferia (...) a relação existente entre meios de produção e força de trabalho, da lugar a subcentros econômicos (e políticos), dotados de relativa autonomia, embora permaneçam subordinados a dinâmica global imposta pelos grandes centros.

      abraço,

      Alexandre Andreatta

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  4. Bruno, podemos definir o subimperialismo por três categorias básicas, sendo elas:
    1 - a expansão internacional do mercado, sendo que esse mercado também se divide entre empresas nacionais, estatais e empresas estrangeiras que só fazem base num determinado país, porém, que mercado é esse?
    2 - política de estado que apoie a expansão do mercado, "qual parte do mercado"?
    3 - militarização nas relações com outros países,

    Portanto, ao meu ver Brasil não está aplicando políticas subimperialistas na região.

    Algum dos consultores poderia explicar melhor esse conceito?

    Alexandre Andreatta

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  5. Para começar a responder aos vossos questionamentos nada mais apropriado que acessar a fala do Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, atualmente Alto Representante (Diretor) do MERCOSUL, concedida durante o Forum Social temático de Porto Alegre.

    http://www.pagina12.com.ar/imprimir/diario/elmundo/4-186394-2012-01-28.html

    Trechos interessantes para reflexão:

    A origem do Mercosul se deu em 1991 sobre a base de governos neoliberais. Os que assinaram o Tratado de Asunción foram Carlos Menem, Fernando Collor, Andrés Rodríguez e Luis Lacalle, presidentes de governos tipicamente neoliberais, que pensavam na integração regional como um instrumento prévio à integração aberta com o mundo. E isso não pode ser. O regionalismo aberto é como um casamento aberto. É um contra-senso, porque os acordos de livre comércio com terceiros obviamente destruiriam o Mercosul em razão das tarifas zero.

    O livre comércio não leva ao desenvolvimento. Leva à desintegração.

    O bloco deve ser um instrumento de desenvolvimento industrial dos países. Ele afirmou ainda que a crise financeira não afeta diretamente os países do Mercosul, mas estes, sofrem um impacto distinto por conta dela, um da China e outro dos Estados Unidos e da crise européia. Os países devem pensar em como utilizar dessa situação para impulsionar o desenvolvimento industrial.

    O Mercosul tem que ser transformado em um instrumento de desenvolvimento industrial dos quatro países. Em qualquer sistema de integração os países maiores se beneficiam mais, mas deve haver mecanismos de compensação através da infra-estrutura.


    Professora Luisa Moura

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  6. Bom, sempre aparece quem é imperialista na nossa região, na América Latina
    Vejam esta notícia, comentada por vários jornais internacionais:


    Cristina denuncia militarização do Atlântico Sul

    Destróier inglês nas Malvinas é agressão a todo o continente

    Escalada de provocações inclui envio do príncipe e de submarino nuclear

    A Inglaterra, recusando-se a restituir as Ilhas Malvinas, Georgias e Sandwich do Sul à Argentina, enviou o destróier HMS Dauntless, um submarino nuclear e tropas – com um indefectível príncipe real em roupas guerreiras – para esses arquipélagos argentinos, ocupados no século XIX. A presidente argentina Cristina Kirchner denunciou a escalada militar inglesa e anunciou que irá apresentar a questão na ONU – que tem resolução determinando a soberania argentina sobre as Malvinas. Os países da América Latina exigem o fim da ocupação inglesa. O enclave colonial nas Malvinas é uma agressão a todos os países que se libertaram do colonialismo – como frisou a presidente argentina.

    Profa Luisa Moura

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    1. o interessante é que a própria Inglaterra acusa a Argentina de ser colonialista, irônico não?

      O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, acusou a Argentina nesta terça-feira 18/01/2012 de "colonialismo" por sua insistência em reivindicar sua soberania sobre as Ilhas Malvinas, no Atlântico Sul.

      Alexandre Andreatta

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  7. Prof. Dr. Nilson Araújo de Souza23 de abril de 2012 às 07:17

    Prof. Dr. Nilson Araújo de Souza
    A propósito do “subimperialismo brasileiro”

    Para considerar-se um país como subimperialista, não basta que sua economia busque no exterior solução para seus problemas de mercado, ou que sirva de correia de transmissão entre o capital financeiro dos países centrais e outras economias periféricass, ou ainda que haja desenvolvido um “estado militarista de tipo prussiano”.

    É imprescindível que haja constituído um capital financeiro próprio que, além de dependente do capital financeiro central, goze de um relativo grau de autonomia para explorar as economias de outros países. É preciso também que sua exportação de capitais tenha passado a preponderar sobre a exportação de mercadorias. E, para completar, é preciso que seu Estado tenha sido capturado de tal forma pelo capital financeiro que passe a defender seus interesses fora do país - sendo necessário, para cumprir esse papel, a constituição de um “estado militarista de tipo prussiano”.

    A grande questão, então, é a seguinte: atualmente, o Brasil é um país subimperialista? Considero que passos importantes foram dados na direção da formação do capital financeiro e que avançou significativamente a exportação de capitais. Mas a maioria desse capital exportado se destina a paraísos fiscais e a países do centro imperialista. Por sua vez, o Estado brasileiro no período recente, em vários episódios, tem procurado adotar em relação a seus vizinhos, não uma política expansionista ou de expansionismo de seu capital financeiro, mas de colaboração, inclusive se chocando, em muitos casos, com empresas brasileiras. Se estivemos muito perto de um “estado militarista de tipo prussiano” na época da ditadura, hoje nossas Forças Armadas ainda precisam de muito investimento para conseguir pelo menos defender o território e as riquezas nacionais.

    Mas esse discurso do subimperialismo brasileiro é muito forte em setores importantes dos nossos irmãos latino-americanos. Isso se deve a fatos como: a) haver-se estabelecido na região uma divisão regional do trabalho semelhante à que se estabeleceu entre os centros imperialistas e a periferia (exportadores de produtos industriais e importadores de produtos primários); b) a crescente participação de empresas brasileiras, inclusive estatais, na economia desses países. Podemos dizer que isso é um embrião de um subimperialismo, mas ainda não o é. Assim, todos os que defendem uma cooperação solidária entre os países latino-americanos devem estar vigilantes.

    A quem interessa o discurso do subimperialismo brasileiro? Basicamente ao capital financeiro e aos governos dos países centrais, sobretudo dos EUA, que buscam torpedear, o tempo todo, as ações e os projetos que visam realizar uma integração regional pela via da cooperação, como a Aliança Bolivariana dos Povos de Nossa América, a União das Nações Sul-Americanas e a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos. Diante do declínio da supremacia mundial estadunidense, esse é o momento mais propício para o avanço de projetos dessa natureza.

    Prof. Dr. Nilson Araújo de Souza

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